O Problema difícil da Consciência

Universidade de Nova York

O artigo "The Hard Problem of Consciousness" escrito por David Chalmers, em 1995, é um dos mais influentes na filosofia da mente e consciência. Chalmers descreve o "problema duro da consciência" como o desafio de explicar como e por que experiências subjetivas ocorrem.

Ele argumenta que há uma lacuna entre as explicações científicas atuais do cérebro e as experiências conscientes que experimentamos, e essa lacuna é o problema duro.

Chalmers defende que a consciência é uma propriedade fundamental e irredutível do universo, que não pode ser explicada em termos puramente físicos. Ele faz uma distinção entre os "problemas fáceis" e o "problema duro" da consciência.

O problema fácil é explicar como o cérebro realiza funções cognitivas complexas, como a percepção e a memória, enquanto o problema duro é explicar por que e como essas funções cognitivas geram experiências conscientes.

O autor apresenta várias teorias que tentam resolver o problema duro, incluindo o materialismo eliminativo, o funcionalismo e o dualismo.

O materialismo eliminativo afirma que a consciência não é real e que as experiências conscientes não são mais do que ilusões.

O funcionalismo argumenta que a consciência pode ser explicada por meio da função dos sistemas neurais, enquanto o dualismo sustenta que a consciência é uma entidade separada do corpo físico.

Chalmers conclui que nenhuma dessas teorias é suficiente para resolver o problema duro da consciência. Ele propõe uma abordagem chamada "panprotopsiquismo", que sugere que todas as coisas têm propriedades conscientes elementares e que essas propriedades conscientes se combinam para formar a consciência humana.

Em resumo, o artigo de Chalmers é uma contribuição importante para a filosofia da mente e consciência, questionando a compreensão atual sobre a relação entre o cérebro e a consciência, e propondo abordagens alternativas para resolver o problema duro.

O problema da consciência continua sendo um dos maiores desafios para a filosofia e a neurociência, e a discussão iniciada por Chalmers certamente continuará a influenciar a pesquisa e o debate nessa área.