O Paradoxo da análise

Universidade de Cambridge

O artigo "The Paradox of Analysis" foi escrito por G. E. Moore, um filósofo britânico que contribuiu significativamente para a filosofia analítica no século XX. Publicado em 1939, o artigo discute a natureza da análise conceitual e como ela pode levar a paradoxos.

Moore começa o artigo explicando o que é a análise conceitual e como ela funciona. Ele argumenta que a análise é uma técnica para esclarecer a natureza de conceitos complexos, que são compostos por outros conceitos mais simples. A ideia é que, ao analisar um conceito complexo em termos de conceitos mais simples, podemos entender melhor o que o conceito realmente significa.

No entanto, Moore afirma que a análise conceitual pode levar a paradoxos quando se trata de conceitos fundamentais. Ele apresenta o paradoxo da análise, que é o seguinte: se um conceito é definido em termos de outros conceitos, então ele não pode ser fundamental. Mas se um conceito não é definido em termos de outros conceitos, então ele é inexplicável.

Para ilustrar esse paradoxo, Moore usa o exemplo do conceito de amarelo. Se perguntarmos o que é amarelo, podemos responder que é a cor das bananas. Mas se perguntarmos o que é a cor das bananas, podemos responder que é amarelo. Isso leva a uma regressão infinita de definições, o que parece sugerir que o conceito de amarelo é inexplicável.

Moore argumenta que essa regressão infinita pode ser evitada ao reconhecermos que alguns conceitos são fundamentais e não podem ser analisados em termos de outros conceitos. Ele usa o exemplo do conceito de bom, que ele considera fundamental. Ele argumenta que tentar definir o conceito de bom em termos de outros conceitos não faz sentido, pois a ideia de bom é anterior a qualquer outra ideia.

O artigo de Moore é importante porque destaca um problema fundamental na filosofia da linguagem e da mente. A análise conceitual é uma técnica poderosa para esclarecer a natureza de conceitos complexos, mas pode levar a paradoxos quando se trata de conceitos fundamentais.

Moore argumenta que alguns conceitos são simplesmente inanalíticos e devem ser aceitos como fundamentais. Essa ideia teve um grande impacto na filosofia analítica e ainda é objeto de debate nos dias de hoje.